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Factor Humano ou Factor Tecnológico? O Caso dos Serviços de Controlo de Tráfego Aéreo

Sampaio, José João (2001): Factor Humano ou Factor Tecnológico? O Caso dos Serviços de Controlo de Tráfego Aéreo. Published in: Actas do IX encontro APSIOT - GLOBALIZAÇÃO E COMPETITIVIDADE – Novos Cenários para o Trabalho - Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian. (2003)

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Abstract

Desenvolvendo-se inicialmente como um serviço de apoio à navegação aérea, no alvorecer da aviação civil, os serviços de Controlo de Tráfego Aéreo passaram - no contexto do sistema operacional - por um período de dependência total da componente Humana , isto é, das capacidades cognitivas e de destreza dos controladores de tráfego aéreo (CTAs). Estes, eram então os únicos responsáveis pela interpretação do cenário operacional, a partir da informação disponibilizada quer exclusivamente através de comunicações rádio com as diferentes tripulações (controlo convencional) quer com o suporte da informação posicional de cada aeronave derivada do processamento radar (controlo radar). O final dos anos 1980 e toda a década de 1990 assistiu a um enorme desenvolvimento no campo das tecnologias de informação e comunicação (TIC) as quais se têm revelado, no sector aeronáutico, o suporte da implementação no solo e a bordo das aeronaves, de novos meios de apoio (facilidades) e de novas técnicas operacionais, tendentes ao estabelecimento de uma utilização cada vez mais racional do espaço aéreo. Esta comunicação focaliza-se na problemática da importância da componente Humana (cognitiva), nomeadamente no que se refere à tomada de decisão em sistemas complexos de produção. Estaremos em presença de uma nova era do relacionamento Homem/Máquina? Ou deveremos redefinir os objectivos dos serviços de controlo de tráfego aéreo, numa perspectiva de racionalidade tecnologicamente dependente? Será possível substituir tecnologicamente a cognição Humana? Podem os CTAs decidir livremente? Finalmente propõe-se uma reflexão relativamente aos dilemas e constrangimentos de natureza sócio-profissional, que emergem de uma evolução no sentido da automatização e consequente padronização global da organização e do ambiente de trabalho.

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